Simples ações que fazem a diferença

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- agosto 26, 2013

Uma notícia recentemente publicada na Folha de São Paulo me deixou muito espantado: “Brasileiros se protegem menos do sol”. A reportagem mostra que, segundo estudo do Ministério da Saúde, o índice de proteção solar entre os brasileiros caiu de 53,3% para 43,9%, de 2007 para 2008.

O espanto é causado face às inúmeras constatações científicas acerca dos males que a exposição excessiva ao sol pode causar ao indivíduo e face às informações que recebemos quase que diariamente sobre os efeitos nocivos do buraco da camada de ozônio, fenômeno este que muitas pessoas confundem com o fenômeno do aquecimento global, apesar de serem distintos.

 

A verdade é que mesmo frente a tanta informação, parece que o brasileiro ainda não incorporou ao seu cotidiano ações simples e de extrema importância à sua saúde, como por exemplo, proteger-se da exposição excessiva ao sol. A pesquisa revela que as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram os piores resultados: na primeira cidade o índice de proteção é de 39,4%, enquanto que na segunda é de 37,8%. Já a capital que apresentou o melhor resultado foi Florianópolis, com 56,1% de sua população protegida.

 

A pesquisa considerou como métodos eficazes de proteção o uso de filtro solar, chapéu e vestuário, como a utilização de tecidos mais resistentes, mas segundo especialistas que conduziram o estudo, o brasileiro tende a se proteger somente com o uso de filtros solares.

 

Esta constatação causa uma enorme preocupação uma vez que o câncer de pele, diretamente relacionado à exposição ao sol, é o tipo de tumor mais incidente no Brasil. A cultura que temos no país de tomar sol, se não bem exercida, pode contribuir com que este tipo de doença aumente a cada ano. Aliás, o Instituto Nacional do Câncer já revela dados nesse sentido: são estimados para 2009, 62.090 novos casos para as mulheres e 58.840 novos casos para os homens.

 

Fica clara a importância de ações simples e individuais em nosso cotidiano, que podem fazer toda a diferença.

 

Outro exemplo claro está relacionado com a escolha dos alimentos que ingerimos. Em abril deste ano, a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária constatou um alto índice de agrotóxico em 15% das 1.773 amostras de alimentos que analisou. O produto que apresentou maior irregularidade foi o pimentão (64,36%).

 

O alto índice de resíduos agrotóxicos causou preocupação à Anvisa, que realiza esse programa de inspeção desde 2001. No ano de 2007, o alimento que apresentou maior irregularidade foi o tomate, com 45%. Já no ano de 2008, esse índice caiu para 18%.

 

Mais uma vez, é aí que entra a ação do indivíduo, escolhendo a procedência dos alimentos que consome, dando preferência a produtos de origem certificada e atentando para práticas simples tais como lavar de maneira adequada os produtos que irá consumir.

 

As informações estão aí. Cabe a cada um de nós sabermos utilizá-las para o bem, fazendo escolhas e tomando atitudes mais conscientes.