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Articulação e engajamento dos stakeholders

Após o desenvolvimento do Mapa dos Stakeholders da organização, este deve ser criteriosamente avaliado para que as estratégias de articulação e engajamento possam ser formuladas.

Nossa proposta para o processo de engajamento dos stakeholders está baseada nos princípios de democracia, equidade, transparência, inclusão, legitimidade e flexibilidade, reconhecendo que todo processo que envolva stakeholders é um processo de aprendizado. Todos os participantes devem estar dispostos a aprender com e sobre os outros envolvidos, assim como trabalhar em equipe para alcançar soluções integradas e acima de tudo criativas para as questões existentes ou que possam vir a existir.

As atividades desenvolvidas como forma de promover o engajamento dos stakeholders geram uma série de benefícios para a organização, entre eles:

  • Identificação de potencias problemas;
  • Diminuição dos riscos e conseqüente prevenção de crises;
  • Melhor avaliação da empresa como um todo;
  • Melhor imagem e mais segurança para atuar.

O processo estratégico de articulação e engajamento dos stakeholders começa necessariamente com uma ampla consulta aos mesmos. Isso pode incluir pesquisas, grupos focais, painéis comunitários, seminários e workshops, além de outros veículos.

Através destas consultas são geradas informações precisas e de qualidade, que ao analisadas levam à formulação de estratégias sólidas de engajamento e articulação dos diferentes stakeholders. Tais informações podem identificar temas que devem ser melhor tratados pela organização, antevendo possíveis crises, assim como temas que devem ser melhor explorados pela organização por se relacionarem com certas vantagens competitivas da mesma.

A Fabio Feldmann Consultores, através da formulação deste diagnóstico situacional, formula as estratégias de engajamento da empresa nas comunidades, com as organizações da sociedade civil e os demais stakeholders. Além disso, articula e gerencia a implementação de parcerias estratégicas.

Mapa dos stakeholders

Para criar uma esfera de confiança e comprometimento e ter simbolicamente o direito de operar (license to operate), as empresas estão vislumbrando a necessidade de iniciar novos tipos de relacionamento com seus stakeholders.

Trata-se, por um lado, de divulgar sua atividade, de conhecer e acatar a opinião dos diversos stakeholders e de responder às tais preocupações. Trata-se também de gerir os possíveis conflitos de interesse, de estabelecer compromissos de progresso, de gerar e divulgar informação de confiança e de criar verdadeiras parcerias que vão envolver os stakeholders em relações cada vez mais profundas com a empresa.

O mapeamento dos stakeholders permite que a organização visualize de forma mais clara e objetiva todas as partes interessadas em seu negócio, tanto favorável quanto desfavoravelmente. Conseqüentemente, este mapeamento permite que estratégias mais focadas sejam formuladas, maximizando as oportunidades de sucesso. Para uma organização que almeja o bom relacionamento com seus stakeholders, é de extrema importância que esta primeira etapa seja realizada da forma mais completa possível, servindo de base para tomadas de decisão mais estratégicas.

Responsabilidade corporativa

Para uma empresa, a responsabilidade corporativa pode ser um bom caminho para melhor administrar seus riscos, uma vez que entre os seus princípios estão a transparência e o diálogo. A comunicação com os diferentes stakeholders é importante para a identificação de problemas comuns e a busca de soluções conjuntas.

A responsabilidade corporativa também é facilmente relacionada a outros aspectos positivos resultantes da adoção desta postura pelas empresas:

  • a imagem institucional e a marca são valorizadas;
  • há maior lealdade de todos os stakeholders e maior capacidade de recrutar e manter talentos;
  • melhor administração dos riscos, maior estabilidade e portanto mais longevidade.

A ampliação da responsabilidade social das empresas não exclui o seu objetivo natural, que é o crescimento através do lucro. Mas preferencialmente o lucro saudável, em longo prazo, com riscos minimizados, que a atuação sustentável e socialmente responsável permite gerar.

Adotar integralmente a responsabilidade corporativa implica em mudanças profundas nas organizações. O processo de integração da responsabilidade corporativa na gestão empresarial pode ser facilitado através da utilização de uma série de ferramentas e normas obtidas através de amplos diálogos entre os diferentes stakeholders da empresa.

A fim de engajar as organizações neste processo, a Fabio Feldmann Consultores oferece seus serviços de facilitação e coordenação de tais diálogos e gerenciamento e monitoramento da implementação dos princípios e diretrizes da responsabilidade corporativa nas empresas, auxiliando na caminhada rumo à sustentabilidade.

Terceiro setor

Fabio Feldmann, desde o inicio de sua vida acadêmica e profissional, tem participado de inúmeras organizações da sociedade civil. Primeiramente, foi consultor jurídico da Associação Paulista de Proteção à Natureza (APPN) e, em 1980, fundou com outros ambientalistas a OIKOS – União dos Defensores da Terra, entidade da qual iria se tornar presidente alguns anos depois. Entre suas bandeiras mais importantes estava a luta contra a poluição de Cubatão. Sua primeira vitória foi a criação da Associação das Vítimas da Poluição e das Más Condições de Vida em Cubatão.

Mais tarde, foi o fundador da SOS Mata Atlântica da qual foi também o primeiro presidente, do Instituto GEA – Ética e Meio Ambiente e da Fundação Onda Azul. Além disso, atua como conselheiro na The Nature Conservancy Brasil, na Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, no Instituto Akatu, no Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas – GVces e na própria SOS Mata Atlântica. Foi membro do primeiro conselho do GRI (Global Reporting Initiative), do Grupo Especial para a Rio+10 da IUCN (International Union for Conservation of Nature and Natural Resources) e é membro o conselho da ONG internacional Ecological Footprint. Participa também dos Conselhos Editoriais da Revista Horizonte Geográfico, da Revista Direito Ambiental (Revista dos Tribunais) e da Revista Página 22.

Fundou, com outros 40 ambientalistas, em 1999, o Instituto Pró-Sustentabilidade, ONG dedicada a ações de educação ambiental.

Em 2000, em uma iniciativa conjunta com o então Presidente Fernando Henrique Cardoso, criou o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas com o objetivo de disseminar e engajar as diferentes esferas da sociedade (sociedade civil, governo e iniciativa privada) na discussão sobre o tema das mudanças climáticas e principalmente preparar o presidente da República para tratar deste tema. Fabio Feldmann atuou como seu secretário-executivo até o ano de 2004, organizando uma série de eventos e reuniões para capacitar os vários atores.

No início do ano de 2005, Fabio Feldmann assessorou a criação do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, que segue parte do modelo proposto pelo Fórum Brasileiro, porém agrega um relevante tema em sua agenda: a conservação da biodiversidade. O Fórum Paulista procura estabelecer uma sinergia entre os dois temas, agregando não somente a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e a Convenção sobre Biodiversidade, mas também outras convenções que versam sobre os assuntos. Além disso, o Fórum apresenta objetivos mais específicos, como a capacitação da sociedade civil para participar das COPs (Convenção das Partes) nos dois temas; capacitação da iniciativa privada para elaborar projetos utilizando MDL e a elaboração de políticas públicas sobre os dois temas. Fabio Feldmann foi o primeiro secretário-executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e Biodiversidade.